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Uma breve introdução aos Colóquios de Relações Internacionais na Universidade do Minho

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A Universidade do Minho foi a primeira Universidade do país a implementar uma Licenciatura em Relações Internacionais no ano letivo de 1975/1976. Tal iniciativa deveu-se, principalmente, à perceção do alargamento das relações de Portugal a nível internacional e à necessidade crescente de especialistas com formação superior, com capacidade para acompanhar e gerir os principais desafios de dimensão internacional. Em dezembro de 1983, é criado o núcleo mais antigo da Universidade do Minho, o Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais, oficializado mais tarde por Decreto-lei publicado no Diário da República, III Série, nº28, de 2 de fevereiro de 1984. Mais conhecido por CECRI, o núcleo é assim fruto da conjugação de esforços de ex-alunos, discentes e docentes da então pioneira Licenciatura em Relações Internacionais. Na base da sua criação estava o desejo de enriquecer o curso, permitindo aos alunos uma integração mais eficaz e completa no campo das Relações Internacionais

Dilemas e paradoxos do ciberespaço na interação social nas RI

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A XXXIX Edição dos Colóquios de Relações Internacionais na Universidade do Minho realizou-se nos passados dias 8 e 9 de maio e, como mencionado anteriormente, tiveram como tema a “(In)governabilidade no Século XXI”. Foi composta por quatro painéis: o papel das OI’s/ONG’s na Governabilidade; Status quo da diplomacia do século XXI; cibersegurança; e governabilidade no espaço. O painel que irei abordar, como sabem, será o da cibersegurança. Este painel teve como oradores: André Barrinha, professor de Segurança Internacional na University of Bath, e Henrique Santos, professor associado no Departamento de Sistemas de Informação na nossa prestigiada Universidade do Minho. Inicialmente, e tendo em conta as áreas de estudo de ambos os oradores, o meu trabalho iria focar-se na apresentação do Prof. Henrique Santos, contudo, após assistir a este painel, tornou-se claro que a temática abordada pelo Prof. André Barrinha está mais relacionada com as questões levantadas no meu post anterior. A

São os Direitos Humanos subjugados no CiberEspaço?

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    A amplificação da comunicação, exponenciada pela Internet promoveu novas formas de liberdade, com destaque para a liberdade de expressão dos indivíduos, mas de igual modo, veio colocar muitos riscos no exercício do direito da privacidade.     A Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Organização Nacional das Nações Unidas (ONU) e datada de 1948, no 12º Artigo estabelece que “ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na família, no seu lar ou na sua correspondência nem a ataques à sua honra e à sua reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques”.     Esta 39ª edição dos Colóquios das Relações Internacionais trouxe um tema amplamente discutido no seio Internacional: a Cibersegurança. Criaram-se algumas expectativas sobre quais as especificidades desse tema seriam discutidas pelos oradores André Barrinha e Henrique Santos e formulei questões do âmbito de direitos humanos, nomeadamente como a comunidad

Securitização da Cibersegurança

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No dia 9 de Maio de 2018 ocorreu a 39º edição dos Colóquios do Curso de Relações Internacionais, com o tema (In)Governabilidade no Século XXI. Foi neste contexto que o Professor Doutor André Barrinha e o Professor Doutor Henrique Santos abordaram o tema da cibersegurança. O Professor Doutor André Barrinha apresentou o tema “Cibersegurança: problemas e paradoxos” e começou por questionar até que ponto a cibersegurança como uma questão securitária é contextualizada nas instituições pré-existentes, como a NATO, a União Europeia, e os Estados.   Para abordar a questão, este explica cinco pontos fundamentais. O primeiro ponto, é a ideia do conceito da cibersegurança como politicamente contestável. Apesar da natureza técnica do tema, diferentes actores definem a cibersegurança de forma diferenciada. Para além disso, é necessário definir qual deve ser o objetivo de estudo. Ou seja, quem queremos proteger? O Estado, a economia, ou os utilizadores? Neste contexto podemos também correr o r

O Ciberespaço como (possível) motivo de conflito

Finalizada a 39ª edição dos Colóquios organizados pelo Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais, nos quais contamos com a presença de André Barrinha, professor no Reino Unido, na universidade de Bath. A sua intervenção coincidiu sobre o tema da Cibersegurança nas RI e qual a importância (crescente) desta temática no estudo das Relações Internacionais e do mundo em geral. André Barrinha começa por esclarecer que no que toca a questões e problemas relacionados com Cibersegurança não é fácil encontrar ou ter uma posição ética. Isto é, tudo parece ter prós e contras, tudo parece uma espécie de pântano, e passo a citar, “A cada passo que damos mais complexo se torna esta questão. O que é perigoso, porque quanto à tecnologia não é possível voltar atrás ou recuar nessa área de conhecimento”. A Cibersegurança representa uma série de questões, uma das quais é precisamente até que ponto a Cibersegurança é por definição um espaço seguro. Exemplo dado pelo professor foi precisame
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Fábio Antunes Nos passados dia 8 e 9, no auditório A1 da Universidade do Minho realizaram-se os XXXIX colóquios de Relações Internacionais, contando com a presença de personalidades tanto nacionais como internacionais, em torno de inúmeros painéis que abordaram as mais variadas temáticas em torno das RI. Com a entrada do terceiro painel, foi refletido o tema da cibersegurança, sendo este painel composto pelos oradores, André Barrinha ( Professor de Segurança Internacional na Universidade de Bath, no Reino Unido e Investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Doutorado nessa mesma área pela Universidade de Kent, Reino Unido) e Henrique Santos (Professor Associado de 2º e 3º ciclo de ensino no Departamento de Sistemas de Informação, pela Universidade do Minho, sendo responsável pelas mais diversas graduações e pós-graduações, recebeu a sua primeira graduação em Engenharia Elétrica e Eletrónica pela Universidade de Coimbra, em 1984. Em 1996 terminou o seu dout
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Os XXXIX Colóquios de Relações Internacionais na Universidade do Minho realizaram-se nos dias 8 e 9 de maio e tiveram como tema este ano a “(In)governabilidade no Século XXI”. No total houve quatro painéis: o papel das OI’s/ONG’s na Governabilidade; Status quo da diplomacia do século XXI; cibersegurança; e governabilidade no espaço. O painel que se destacou, tanto para mim, como para o resto do meu grupo de trabalho, foi o da cibersegurança. O painel teve como oradores André Barrinha, professor de Segurança Internacional na University of Bath (Reino Unido), e Henrique Santos, professor associado ao Departamento de Sistemas de Informação na nossa prestigiada Universidade do Minho. O orador que mais me chamou a atenção neste tema foi André Barrinha, por estar mais ligado ao domínio das Relações Internacionais, enquanto Henrique Santos tem uma visão mais técnica daquilo que é a cibersegurança. Deste modo, o presente post vai se centrar na visão do Dr. Barrinha sobre este tema.
“Cibersegurança: problemas e paradoxos” Professor Doutor André Barrinha ( Universidade de Bath, Reino Unido) XXXIX Colóquios de Relações Internacionais, Universidade do Minho Professor Doutor André Barrinha, convidado para participar nos XXXIX Colóquios de Relações Internacionais no dia 9 de Maio, abordou o tema “Cibersegurança: problemas e paradoxos”. A sua abordagem consistiu em tentar perceber até que ponto a cibersegurança como política securitária é existente nas instituições e como lidam com a questão. O Doutor André Barrinha tem dúvidas quando à posição ética que deve adotar neste eixo. Em termos éticos e políticos a cibersegurança deve ser, segundo a opinião do Doutor, caracterizada como um pântano: quanto mais investimos, mais nos enterramos. O Professor Doutor definiu a sua apresentação em cinco pontos fundamentais para a cibersegurança. O primeiro centrava-se na “cibersegurança como conceito contestável”. A cibersegurança é vista de forma diferente pelos diverso